UM CENTO DE PALAVRAS
Chantal Guilhonato
Nada está escrito do Che e de Jesus, durmo em pé noite lascada. Feno das estrelas, enxame de auroras eu não espero. Luz ergue-se, cinza que enlouquece carne trémula. Condoído do dono, finjo que sou cão liquefeito, cão soneto. Relógios distintos bateram, sou a terceira meia-noite, hora que queima flores de vampiro. Esgotos cantam ar oco, fio de cheiro, sopro de menta, choro do peixe. Voz numa pedra manipulou os membros, bola de neve vermelha contempla o voo dos cérebros de couro. Pombas vazias. Caminho hipnótico, pele de porco, cabelos nas coxas, estou aqui botão de florir, fruta do vulcão.
PROCEDIMENTO
Cento de 100 palavras.
FONTES
Breton: Sopro de menta | Caminho hipnótico;
Éluard: Bola de neve vermelha | Enxame de auroras | Feno das estrelas;
Desnos: Durmo em pé;
Huidobro: Carne trémula | Choro do peixe;
Césaire: Flores de vampiro;
García Lorca: Pombas vazias | Cabelos nas coxas | Esgotos cantam | Estou aqui;
Pizarnik: Noite lascada;
Aragão: Pele de porco;
Paz: Cinza que enlouquece | Ar oco;
Char: Cérebros de couro;
Peret: Contempla o voo dos | Fruta do vulcão;
Appolinaire: Manipulou os membros;
Soupault: Eu não espero;
António Pedro: do Che e de Jesus;
Cesariny: Botão de florir | Nada está escrito | Voz numa pedra;
O’Neill: Cão liquefeito | Fio de cheiro | Cão-soneto | Condoído do dono;
Almada Negreiros: Finjo que sou;
Lemos: Luz ergue-se | Hora que queima;
António Maria Lisboa: Relógios distintos bateram | Sou a terceira meia-noite.
Chantal Guilhonato
Nada está escrito do Che e de Jesus, durmo em pé noite lascada. Feno das estrelas, enxame de auroras eu não espero. Luz ergue-se, cinza que enlouquece carne trémula. Condoído do dono, finjo que sou cão liquefeito, cão soneto. Relógios distintos bateram, sou a terceira meia-noite, hora que queima flores de vampiro. Esgotos cantam ar oco, fio de cheiro, sopro de menta, choro do peixe. Voz numa pedra manipulou os membros, bola de neve vermelha contempla o voo dos cérebros de couro. Pombas vazias. Caminho hipnótico, pele de porco, cabelos nas coxas, estou aqui botão de florir, fruta do vulcão.
PROCEDIMENTO
Cento de 100 palavras.
FONTES
Breton: Sopro de menta | Caminho hipnótico;
Éluard: Bola de neve vermelha | Enxame de auroras | Feno das estrelas;
Desnos: Durmo em pé;
Huidobro: Carne trémula | Choro do peixe;
Césaire: Flores de vampiro;
García Lorca: Pombas vazias | Cabelos nas coxas | Esgotos cantam | Estou aqui;
Pizarnik: Noite lascada;
Aragão: Pele de porco;
Paz: Cinza que enlouquece | Ar oco;
Char: Cérebros de couro;
Peret: Contempla o voo dos | Fruta do vulcão;
Appolinaire: Manipulou os membros;
Soupault: Eu não espero;
António Pedro: do Che e de Jesus;
Cesariny: Botão de florir | Nada está escrito | Voz numa pedra;
O’Neill: Cão liquefeito | Fio de cheiro | Cão-soneto | Condoído do dono;
Almada Negreiros: Finjo que sou;
Lemos: Luz ergue-se | Hora que queima;
António Maria Lisboa: Relógios distintos bateram | Sou a terceira meia-noite.