CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS
Ana Silva
Estávamos em Havana, no dia 26, excecionais, a deixar o vinho entrar e o mundo lá fora (na última vez foi em Lisboa, Novembro de 2016). Tínhamos parado durante quase oito anos. No ano passado, o principal passo para a escadaria frontal dos espumantes mais sérios era a forma de, e hoje em dia ainda é, rentabilizar a Universidade onde decorria a música criada. Mas não se sabe ainda se, no futuro, virá a ser uma manifestação cultural.
Só minutos depois percebe-se que espelham o terroir. Portugal fica contente com o resultado (Como o compreendemos!) quando se exaltam as virtudes da terra, principalmente agora com as críticas que tem recebido. Até um casal cubano nos confirmou os elogios. Um homem fez no seu discurso uma reaproximação ao comandante-chefe já falecido. Desde essa altura que se nota a presença do pop/ rock. Foram dez curtas canções, só na noite anterior. Ficamos atónitos como o açúcar, identificados com o que ficava no ouvido, umas mais intimistas (e os miúdos aguardando alertas), outras bruto natural, extra bruto como Heading South on the Great – a explicação da nossa perplexidade. E bruto. A categoria bruto, North Road, foi uma viagem metafórica, difícil de explicar, mas natural quando comparado com o que se faz para o mundo. Outras músicas, mais provocadoras, fazem-me sentir “desaparecido fisicamente”, como continua a ser visível em One Fine Day, conforme referiu o Granma.
Nas prateleiras estão representados os vinhos que, tal como as alterações climáticas, são uma ironia. No dia seguinte à morte de Fidel beberam-se espumantes, o que não nos beneficia, pois não é mais do que uma forma de brincar com um tema sério – um dos principais símbolos da nossa era! É como a adição ao açúcar ou ao vinho – rezo para que todos os cientistas e investigadores descubram como dar a volta à vida! Durante um século de correções e sem maquilhagem que trabalham sobre as alterações climáticas. Ora vejamos: pleno século XX, uma das faces da resistência torna-se edulcorante (o que me leva a crer que estejam errados). Não seria perfeito sair do domínio insidioso da economia? A nossa espécie leva com as consequências de todos os políticos – e nem os céticos acreditam – do mercado, do capitalismo atual, que provoca tamanha austeridade. Se estiverem certos, será demasiado extremo.
Inshallah a atenção se vire para o guardião dos muitos apreciadores, mas com a crise mundial de refugiados resultante (da possibilidade mais romântica) da frequência dos conflitos no Médio Oriente, temo o quão difícil será aprender a viver uns com os outros. Tal como os vinhos verdadeiramente secos do Oriente, a consequente fuga, no dia anterior, tornou-nos fechados, severos e sisudos. Milhões de pessoas que ficaram na região foram obrigadas a passar pela Praça da Revolução. Tal retrato, nem de propósito, faz lembrar o que se passou ontem à noite quando Sting subiu – o seu taxista assegurou-nos que ele é fiel às vinhas e ao vinho – ao palco do teatro Bataclan, em Paris, para o concerto de reabertura da sala onde Fidel e os seus dois camaradas, considerados categorias principais, também estrearam espetáculos.
Um ano depois do massacre, sob o olhar tutelar de José MartÍ, Extra bruto e bruto, as duas categorias principais lembraram as vitimas, 99 pessoas, que em mãos extremistas não quiseram ouvir o que usualmente se chamam de símbolos islâmicos do Daesh. Durante esse concerto, e já hace anos, que nos preparamos para outras categorias musicais superiores, dos quais fazem parte os Eagles of Death Metal.
Ao reabrir de um novo dia, e emparelhando vinhos espumantes, surge a tradição do Bataclan: “a tarefa é conciliar à imagem de Fidel ao site oficial”.
Já em plena praça, questiono-me: irão os críticos e produtores lembrar e honrar essa máxima? A par de Hasta la victoria os consumidores mais esclarecidos perderam a vida no ataque, mas por um lado há um siempre (Che) e um Vas bien Fidel que entendem ser a esperança do ano; e em segundo lugar, celebrar a vida e a música (Cienfuegos ). Qual Fidel? Las categorias soberanas dos vinhos, que esta sala histórica representa, – será que a História me absolverá? – grita Libertad aos espumantes. Só aqui acabaram por ser 28 minutos de conversa muerte. Afinal existem escolhas mais ricas, como veio a constatar, no final, o músico de 1,82 metros que, ao fim de dois anos em Havana, mostra que é possível encontrar altura nos seus 64 anos com ar de quem não os tem. Questiono-lhe sobre os escombros vinhos de todas as castas, estilo anos 50, e despeço-me com um sorriso. Se quisesse pegar na revolução, e não apenas na vida, teria que me debruçar sobre as regiões de origem, sobre os restantes, os que usam mochila de couro e, óbvio, sobre o Financial Times.
Miseráveis dos cubanos, com estilo extra-seco, seco e doce perdem-se na página das palavras cruzadas. Com baixíssimos salários, mas com comida para todos eles, muitos doces e dobrada (à moda do Porto), têm a dispensa diariamente racionada e vivem em casas, cuja escolha de substantivos é arriscada. Como o jornal The Guardian garante: as casas “necessitam de reparações”, mas prefere-se não o dar a entender tão rapidamente. Ao contrário das indicações dadas, quem possui dinheiro, que são relativamente raros, mas do conhecimento de todos os jornalistas, têm ausência de iluminação pública: sempre pouco interessantes. À partida, ninguém disse ao Sting sobre a degradação das estradas que, gozando de descanso sazonal, pretende fazer, juntamente com o agente, férias nas casas não turísticas.
Apesar da euforia, que quase se resume aos festejos, acabamos por nos perder no elevador errado. Haja saúde, educação e segurança! Que é como quem diz: paciência! No final do ano, o corredor errado e a porta errada conduzem-nos ao turismo. Nesta ótica, as condições que explicam os minutos gastos para encontrar uma saída, levam-nos como utilizador a, passo a explicar, ter sucesso! Em algumas casas, o homem é poupado a mais perguntas: o alvo é o dinheiro, o turista é o arco, e a falta de complexidade de doze entrevistas num dia gera uma simpatia em flecha.
Atributos do cubano, tais como a serenidade e a subtileza, entre outros, são suficientes. Tudo a seu tempo para este hábil Robin dos bosques. Os produtores, nomeadamente os estrangeiros, têm-se, nesses dois dias, notado mais apressados, como que em lança, e revelado interesse nos passeios. Styler, um dos seis filhos de Giacomo, é dos mais “esticados”: abeira-se de levar a passear as pessoas de cá. Gosta quando lhe dão 20 anos e ao Joe, um dos seus irmãos, 39. Ambos, nas suas constantes presenças, sorriem com típica doçura e, meia volta, dão a conhecer o castelo de São Jorge. Seguem programas de televisão norte-americanos, mas quando o assunto é a TV cubana, inquirem o país banhado pelo mar. Promovem o snorkeling no Tonight Show mas late (mais tarde), oferecerem pacotes de caça submarina. Só há uma atividade à night, e pode-se dizer que tudo o que acontece na vida noturna parte de um táxi, um classic american, que se lamenta por não se promover: o homem parece descrever um arco narrativo quando fala das bici-taxi e até “tipo-UBER”. Mas o que rende é a whale watching (observação de baleias) e o gosto de fazer canções que só se reservam por telefone! Para o efeito, servem as licenças que estão distribuídas.
Se tivesse mais tempo para comer, aproveitava o paladar das outras ilhas, como a de São Jorge, nos Açores, mas não tem. Em entrevista, disse que seria bom tentar saber se continua bom e barato, a típica comida de Climaco Ferreira da Cunha, isso e fazer sexo tântrico. Ou não. Para ser bom, teria de ser com uma cubana... e a preços europeus.
No Centro Comercial Progresso, situado na rua dos Preliminares, as perguntas têm de ser geridas a charutos: há, aliás, uma cooperativa na rua de Baixo, número 44, que arrasta quem lá vai a conduzir a conversa noutro sentido (já a sul, ali na Calle O’ Reilly, segue-se em direção a Fajã dos Vimes, onde estacionei o carro): – Se te passa pela cabeça vender ao desbarato, podes vender talvez no teu país. Aqui no parque da loja grande onde nada se vende, vim reunir-me com Andy Summers e Stewart, e tentei negociar pelo dobro, triplo, e “n-tuplo”, desde eletrodomésticos a materiais de construção Copeland, cujo marketing foi feito durante a nova digressão dos Police. Guiei depois até à Oficina do mobiliário e, mais tarde, aos escritórios, perto do Estádio Nacional, e lá constatei que não tive que pagar para entrar no edifício de três pisos.
Climaco conta que em 2007 fazia parte do elenco de um filme. A personagem que interpretava estava ligada ao comércio, atividade que interpretava desde 1967. Ele garante que não era ator e que o restaurante, longe das câmaras, o ocupava durante todo o ano. Recém-chegado da Guiné, só fez filmes para se divertir, inclusive uma personagem de policia, a qual se inspirou na época em que esteve na guerra colonial; e, noutra ocasião, deu voz aos Simpsons. No cinema, recebia à comissão ora estava “ilegal”. Então resolveu, logo no inicio, apostar numa pequena mercearia num rés-do-chão.
Nos últimos anos, Sting fez discos num tom mais suave, fazendo uso à voz doce, contrariando o bulício que se vivia num edifício alugado numa rua em que o próprio considerava os vizinhos “esotéricos”. A rua era precisamente a Calle Obispo. Foi a partir desse momento que escreveu canções do século XVI com alaúdes, cujos temas tinham um tom autoritário e retratavam o seu percurso. O ritmo era de tal forma melodioso que tardou a reformar-se, vendo-se obrigado a entregar a gestão aos filhos, que se têm ocupado da orquestra e de músicas sobre o inverno. Refez-se das promessas esquecidas e começou a dedicar-se cada vez mais à causa. Projetos estranhos? Sim. Impulsionados? Talvez. Mas acabam por oferecer a pina colada cultural e o gosto pela curiosidade. Esteve presente, por fim, no almoço, onde mostrou que consegue aliar as tradições e as histórias e, nesse ano de digressão, pelos Estados Unidos, deixou o público com um nó na garganta.
Ana Silva
Estávamos em Havana, no dia 26, excecionais, a deixar o vinho entrar e o mundo lá fora (na última vez foi em Lisboa, Novembro de 2016). Tínhamos parado durante quase oito anos. No ano passado, o principal passo para a escadaria frontal dos espumantes mais sérios era a forma de, e hoje em dia ainda é, rentabilizar a Universidade onde decorria a música criada. Mas não se sabe ainda se, no futuro, virá a ser uma manifestação cultural.
Só minutos depois percebe-se que espelham o terroir. Portugal fica contente com o resultado (Como o compreendemos!) quando se exaltam as virtudes da terra, principalmente agora com as críticas que tem recebido. Até um casal cubano nos confirmou os elogios. Um homem fez no seu discurso uma reaproximação ao comandante-chefe já falecido. Desde essa altura que se nota a presença do pop/ rock. Foram dez curtas canções, só na noite anterior. Ficamos atónitos como o açúcar, identificados com o que ficava no ouvido, umas mais intimistas (e os miúdos aguardando alertas), outras bruto natural, extra bruto como Heading South on the Great – a explicação da nossa perplexidade. E bruto. A categoria bruto, North Road, foi uma viagem metafórica, difícil de explicar, mas natural quando comparado com o que se faz para o mundo. Outras músicas, mais provocadoras, fazem-me sentir “desaparecido fisicamente”, como continua a ser visível em One Fine Day, conforme referiu o Granma.
Nas prateleiras estão representados os vinhos que, tal como as alterações climáticas, são uma ironia. No dia seguinte à morte de Fidel beberam-se espumantes, o que não nos beneficia, pois não é mais do que uma forma de brincar com um tema sério – um dos principais símbolos da nossa era! É como a adição ao açúcar ou ao vinho – rezo para que todos os cientistas e investigadores descubram como dar a volta à vida! Durante um século de correções e sem maquilhagem que trabalham sobre as alterações climáticas. Ora vejamos: pleno século XX, uma das faces da resistência torna-se edulcorante (o que me leva a crer que estejam errados). Não seria perfeito sair do domínio insidioso da economia? A nossa espécie leva com as consequências de todos os políticos – e nem os céticos acreditam – do mercado, do capitalismo atual, que provoca tamanha austeridade. Se estiverem certos, será demasiado extremo.
Inshallah a atenção se vire para o guardião dos muitos apreciadores, mas com a crise mundial de refugiados resultante (da possibilidade mais romântica) da frequência dos conflitos no Médio Oriente, temo o quão difícil será aprender a viver uns com os outros. Tal como os vinhos verdadeiramente secos do Oriente, a consequente fuga, no dia anterior, tornou-nos fechados, severos e sisudos. Milhões de pessoas que ficaram na região foram obrigadas a passar pela Praça da Revolução. Tal retrato, nem de propósito, faz lembrar o que se passou ontem à noite quando Sting subiu – o seu taxista assegurou-nos que ele é fiel às vinhas e ao vinho – ao palco do teatro Bataclan, em Paris, para o concerto de reabertura da sala onde Fidel e os seus dois camaradas, considerados categorias principais, também estrearam espetáculos.
Um ano depois do massacre, sob o olhar tutelar de José MartÍ, Extra bruto e bruto, as duas categorias principais lembraram as vitimas, 99 pessoas, que em mãos extremistas não quiseram ouvir o que usualmente se chamam de símbolos islâmicos do Daesh. Durante esse concerto, e já hace anos, que nos preparamos para outras categorias musicais superiores, dos quais fazem parte os Eagles of Death Metal.
Ao reabrir de um novo dia, e emparelhando vinhos espumantes, surge a tradição do Bataclan: “a tarefa é conciliar à imagem de Fidel ao site oficial”.
Já em plena praça, questiono-me: irão os críticos e produtores lembrar e honrar essa máxima? A par de Hasta la victoria os consumidores mais esclarecidos perderam a vida no ataque, mas por um lado há um siempre (Che) e um Vas bien Fidel que entendem ser a esperança do ano; e em segundo lugar, celebrar a vida e a música (Cienfuegos ). Qual Fidel? Las categorias soberanas dos vinhos, que esta sala histórica representa, – será que a História me absolverá? – grita Libertad aos espumantes. Só aqui acabaram por ser 28 minutos de conversa muerte. Afinal existem escolhas mais ricas, como veio a constatar, no final, o músico de 1,82 metros que, ao fim de dois anos em Havana, mostra que é possível encontrar altura nos seus 64 anos com ar de quem não os tem. Questiono-lhe sobre os escombros vinhos de todas as castas, estilo anos 50, e despeço-me com um sorriso. Se quisesse pegar na revolução, e não apenas na vida, teria que me debruçar sobre as regiões de origem, sobre os restantes, os que usam mochila de couro e, óbvio, sobre o Financial Times.
Miseráveis dos cubanos, com estilo extra-seco, seco e doce perdem-se na página das palavras cruzadas. Com baixíssimos salários, mas com comida para todos eles, muitos doces e dobrada (à moda do Porto), têm a dispensa diariamente racionada e vivem em casas, cuja escolha de substantivos é arriscada. Como o jornal The Guardian garante: as casas “necessitam de reparações”, mas prefere-se não o dar a entender tão rapidamente. Ao contrário das indicações dadas, quem possui dinheiro, que são relativamente raros, mas do conhecimento de todos os jornalistas, têm ausência de iluminação pública: sempre pouco interessantes. À partida, ninguém disse ao Sting sobre a degradação das estradas que, gozando de descanso sazonal, pretende fazer, juntamente com o agente, férias nas casas não turísticas.
Apesar da euforia, que quase se resume aos festejos, acabamos por nos perder no elevador errado. Haja saúde, educação e segurança! Que é como quem diz: paciência! No final do ano, o corredor errado e a porta errada conduzem-nos ao turismo. Nesta ótica, as condições que explicam os minutos gastos para encontrar uma saída, levam-nos como utilizador a, passo a explicar, ter sucesso! Em algumas casas, o homem é poupado a mais perguntas: o alvo é o dinheiro, o turista é o arco, e a falta de complexidade de doze entrevistas num dia gera uma simpatia em flecha.
Atributos do cubano, tais como a serenidade e a subtileza, entre outros, são suficientes. Tudo a seu tempo para este hábil Robin dos bosques. Os produtores, nomeadamente os estrangeiros, têm-se, nesses dois dias, notado mais apressados, como que em lança, e revelado interesse nos passeios. Styler, um dos seis filhos de Giacomo, é dos mais “esticados”: abeira-se de levar a passear as pessoas de cá. Gosta quando lhe dão 20 anos e ao Joe, um dos seus irmãos, 39. Ambos, nas suas constantes presenças, sorriem com típica doçura e, meia volta, dão a conhecer o castelo de São Jorge. Seguem programas de televisão norte-americanos, mas quando o assunto é a TV cubana, inquirem o país banhado pelo mar. Promovem o snorkeling no Tonight Show mas late (mais tarde), oferecerem pacotes de caça submarina. Só há uma atividade à night, e pode-se dizer que tudo o que acontece na vida noturna parte de um táxi, um classic american, que se lamenta por não se promover: o homem parece descrever um arco narrativo quando fala das bici-taxi e até “tipo-UBER”. Mas o que rende é a whale watching (observação de baleias) e o gosto de fazer canções que só se reservam por telefone! Para o efeito, servem as licenças que estão distribuídas.
Se tivesse mais tempo para comer, aproveitava o paladar das outras ilhas, como a de São Jorge, nos Açores, mas não tem. Em entrevista, disse que seria bom tentar saber se continua bom e barato, a típica comida de Climaco Ferreira da Cunha, isso e fazer sexo tântrico. Ou não. Para ser bom, teria de ser com uma cubana... e a preços europeus.
No Centro Comercial Progresso, situado na rua dos Preliminares, as perguntas têm de ser geridas a charutos: há, aliás, uma cooperativa na rua de Baixo, número 44, que arrasta quem lá vai a conduzir a conversa noutro sentido (já a sul, ali na Calle O’ Reilly, segue-se em direção a Fajã dos Vimes, onde estacionei o carro): – Se te passa pela cabeça vender ao desbarato, podes vender talvez no teu país. Aqui no parque da loja grande onde nada se vende, vim reunir-me com Andy Summers e Stewart, e tentei negociar pelo dobro, triplo, e “n-tuplo”, desde eletrodomésticos a materiais de construção Copeland, cujo marketing foi feito durante a nova digressão dos Police. Guiei depois até à Oficina do mobiliário e, mais tarde, aos escritórios, perto do Estádio Nacional, e lá constatei que não tive que pagar para entrar no edifício de três pisos.
Climaco conta que em 2007 fazia parte do elenco de um filme. A personagem que interpretava estava ligada ao comércio, atividade que interpretava desde 1967. Ele garante que não era ator e que o restaurante, longe das câmaras, o ocupava durante todo o ano. Recém-chegado da Guiné, só fez filmes para se divertir, inclusive uma personagem de policia, a qual se inspirou na época em que esteve na guerra colonial; e, noutra ocasião, deu voz aos Simpsons. No cinema, recebia à comissão ora estava “ilegal”. Então resolveu, logo no inicio, apostar numa pequena mercearia num rés-do-chão.
Nos últimos anos, Sting fez discos num tom mais suave, fazendo uso à voz doce, contrariando o bulício que se vivia num edifício alugado numa rua em que o próprio considerava os vizinhos “esotéricos”. A rua era precisamente a Calle Obispo. Foi a partir desse momento que escreveu canções do século XVI com alaúdes, cujos temas tinham um tom autoritário e retratavam o seu percurso. O ritmo era de tal forma melodioso que tardou a reformar-se, vendo-se obrigado a entregar a gestão aos filhos, que se têm ocupado da orquestra e de músicas sobre o inverno. Refez-se das promessas esquecidas e começou a dedicar-se cada vez mais à causa. Projetos estranhos? Sim. Impulsionados? Talvez. Mas acabam por oferecer a pina colada cultural e o gosto pela curiosidade. Esteve presente, por fim, no almoço, onde mostrou que consegue aliar as tradições e as histórias e, nesse ano de digressão, pelos Estados Unidos, deixou o público com um nó na garganta.