DO POÇO
Ricardo M. Vieira
Foice.
Fosse o que fosse,
Foi-se.
Surgiu do fosso
um poço.
Ouve, ó moço.
Ousas, ó moço,
Ousas a foice.
Surgiu de um poço
O quer que fosse,
Do fundo do fosso,
Foi-se.
Fim. Foi-se.
Sagaz, ó moço!,
A moça do fosso
Empunha a foice.
É sabido, ai se não fosse,
Da moça. Do poço.
Atenta: um poço.
Arre! Foi-se!
Fosse o que fosse,
Ouve a razão, ó moço.
Não ouses a foice
Para lá do fosso.
Fosses tu o fosso,
Fosses tu um poço,
Fosses tu a foice:
“Ó moça, fim. Foi-se.”
Fosses tu, ó moço,
O que eu outrora não fosse:
“Fosse o que fosse,
Surgiu do fosso,
Ó moço!
A moça, o poço!
Não vás! (Foi-se.
Resta-lhe a foice.)”
Canto-te, ó moço que eu outrora não fosse, do poço!
Segredo, ó moço, ao fosso, que largue a moça a foice!
Não ouses, ó moço! (Foi-se.)
PROCEDIMENTO
Sextina
Ricardo M. Vieira
Foice.
Fosse o que fosse,
Foi-se.
Surgiu do fosso
um poço.
Ouve, ó moço.
Ousas, ó moço,
Ousas a foice.
Surgiu de um poço
O quer que fosse,
Do fundo do fosso,
Foi-se.
Fim. Foi-se.
Sagaz, ó moço!,
A moça do fosso
Empunha a foice.
É sabido, ai se não fosse,
Da moça. Do poço.
Atenta: um poço.
Arre! Foi-se!
Fosse o que fosse,
Ouve a razão, ó moço.
Não ouses a foice
Para lá do fosso.
Fosses tu o fosso,
Fosses tu um poço,
Fosses tu a foice:
“Ó moça, fim. Foi-se.”
Fosses tu, ó moço,
O que eu outrora não fosse:
“Fosse o que fosse,
Surgiu do fosso,
Ó moço!
A moça, o poço!
Não vás! (Foi-se.
Resta-lhe a foice.)”
Canto-te, ó moço que eu outrora não fosse, do poço!
Segredo, ó moço, ao fosso, que largue a moça a foice!
Não ouses, ó moço! (Foi-se.)
PROCEDIMENTO
Sextina