ALGUMAS NOITES COM VIRTUDE E TERNURA QUE A QUIMERA REMATA COM UMA ESTRELA DE PERDÃO
Patrícia Leitão
A noite mascara-se na estrela dos céus
Os olhos que eu uso em vez de noite compram astros
Os sóis têm o planeta mais fatigado dos molhos
As noites são continuamente os cometas que germinam
A viagem faz calar o amor
Ao chegar ao corpo os caminhos compram e vendem-se,
dão o náufrago incerto para serem o navegador azul
Como ilhas vão as lagoas nas contas
quando os dedos vão elegiacamente pelos cabelos
Calculo que o ar se mascara na noite
mas uso essa madrugada para comprar o terço
é segura e não se tem ridiculamente em deus
não é assim desamparada da tabuada.
Eu germino da noite defronte da que dá estrelas
Quem é que tranquilamente a cala nos olhos?
De quem é o céu, o deserto céu?
Eu compro e vendo o astro
PROCEDIMENTO
Quimera
FONTES
Eça de Queirós: Singularidades de uma Rapariga Loura" | Eugénio de Andrade: "O Silêncio" | Nuno Júdice: "Contas" | Ruy Belo: "Algumas proposições com pássaros e árvores que o poeta remata com uma referência ao coração" | Sophia de Mello Breyner Andresen: "Porque"
Patrícia Leitão
A noite mascara-se na estrela dos céus
Os olhos que eu uso em vez de noite compram astros
Os sóis têm o planeta mais fatigado dos molhos
As noites são continuamente os cometas que germinam
A viagem faz calar o amor
Ao chegar ao corpo os caminhos compram e vendem-se,
dão o náufrago incerto para serem o navegador azul
Como ilhas vão as lagoas nas contas
quando os dedos vão elegiacamente pelos cabelos
Calculo que o ar se mascara na noite
mas uso essa madrugada para comprar o terço
é segura e não se tem ridiculamente em deus
não é assim desamparada da tabuada.
Eu germino da noite defronte da que dá estrelas
Quem é que tranquilamente a cala nos olhos?
De quem é o céu, o deserto céu?
Eu compro e vendo o astro
PROCEDIMENTO
Quimera
FONTES
Eça de Queirós: Singularidades de uma Rapariga Loura" | Eugénio de Andrade: "O Silêncio" | Nuno Júdice: "Contas" | Ruy Belo: "Algumas proposições com pássaros e árvores que o poeta remata com uma referência ao coração" | Sophia de Mello Breyner Andresen: "Porque"